Nesse dia 17 de outubro, comemoramos o Dia da Agricultura. Hoje, se perguntarmos quais são as vocações do Estado do Rio de Janeiro, ouviremos: Turismo, petróleo e setor metalmecânico. Muita coisa mudou em pouco tempo, afinal éramos expoentes do café e da cana-de-açúcar, dois dos principais produtos de comercialização do passado recente.
É preciso reconhecer que a agricultura tornou-se uma atividade de importância secundária para a nossa economia por falta de incentivos.
Hoje, a cana-de-açúcar ainda é o principal produto agrícola, cultivada na região de Campos, sendo o segundo produto a laranja, na região de Itaboraí. Temos importantes pólos ainda no Vale do Paraíba, com a produção de leite e derivados, e a Região Serrana com destaque no hortigranjeiro.
A boa notícia é que a agricultura do Rio de Janeiro cresce de forma mais sustentável e seguindo a tendência do consumidor na busca de alimentos de melhor qualidade e produzidos em harmonia com o ambiente.
A agricultura familiar representa 75% do total das propriedades rurais do estado, sendo responsáveis por 58% dos postos de trabalho no campo, segundo os dados do último Censo Agropecuário do IBGE.
Os estabelecimentos familiares fluminenses são responsáveis pela produção da maior parte da produção agrícola do Rio de Janeiro. Produzem 68% do feijão, 75% da mandioca, 67% do milho em grão, 55% do arroz e 52% do café.
O agricultor precisa atender a um conjunto de critérios - entre eles reduzir o uso de agrotóxicos - para ser enquadrado dentro da definição legal de agricultura familiar, o que o possibilita acessar políticas públicas criadas para o setor – como o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF).
Mas não será só pela vontade da população em ter uma dieta mais saudável que a agricultura familiar decolará. Nós, representantes públicos, devemos estimular a profissionalização e o empreendedorismo do agricultor familiar. Fundamental também que os ajudemos a adotar novas tecnologias na produção e gerenciamento das propriedades.
Agricultores familiares de sucesso vão contribuir para o desenvolvimento regional, fixação do homem e de novas gerações no campo e uma maior quantidade e qualidade de oferta de alimentos na mesa do povo.
Agricultores familiares de sucesso .